domingo, 28 de maio de 2017

narrow nights

I love the way he fucks me. How he whispers in my ear that he loves my face. My skin looking so smooth under television light. That soft neon that dazzles. I love the way he makes me cum. With his fingers inside of me and his tongue chasing around the tip of my sensibilities. I love the way I feel him cumming inside of me, how he teaches me what my legs say.

There are nights I could go on and on. Fucking him endlessly. There are nights that seem like the morning will never come. I moan and moan because of the way he touches me in all the right places. And my smile only tells him how I want it more. And when he gives it to me... I swear I could die from pleasure. 



domingo, 12 de março de 2017

fotossíntese

há um poema acerca de idas ao casino e passar noites em quartos de hotel que ficou por escrever
- como perdemos dinheiro por entre sons estridentes
e como manchei de água os lençóis luxuosos com os meus cabelos encharcados -
entretanto cresceu em mim um novo motivo
- a tua pele de seda em contacto com a minha face
e como te inspirei e sustive a respiração até me sentir a sufocar -
e no entanto custa-me escrever um poema
- dói-me tanto, tanto,
corrói-me por dentro -
já não tenho palavras para descrever o que vai sucedendo
- já não sei como dizer que me aconteces sempre de forma diferente
sem que o diga da mesma maneira que sempre disse -
os meus poemas tornaram-se raízes mortas
- que regas sempre com o teu toque,
mas que acabam por nunca sair da minha terra -
e com todo o esforço que faço para que brotem
- guardando delicadamente todas as palavras mais especiais
(aroma, sauna, nódoa negra, espelho) -
só os enterro mais em mim
- onde o sol nunca chega,
e contudo o solo seca -

de todas as vezes que te toco escrevo um verso
daí nunca querer tirar as mãos das linhas que sobressaem nos teus braços
às vezes penso em abdicar das palavras
e talvez seja por isso que elas já me descartaram há muito
e penso em como poderia continuar a semear-me em ti
- sem demoras, sem tensões, sem esforço -
talvez a hera que há em mim pegasse no teu corpo
e me fizesse subir ao estatuto que me tornaria Hera de ti

de cada vez que te toco escrevo um verso
e há mil versos em mim por escrever

às vezes só desejava que fosses uma folha
e toda a tinta do mundo não seria suficiente

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

anyone else but you

You are always trying to keep it real
I'm in love with how you feel
I don't see what anyone can see in anyone else
but you


é que apesar de tudo ainda não estou preparada para deixar esta fase para trás
sabe-me bem ver o dia morrer numa cama contigo
as horas que passamos deitados
e como contamos detalhes acerca de tudo o que fizemos um sem o outro

perder horas no teu corpo
a decorar sinais e cicatrizes
a deixar-te sugar-me a pele até surgirem pisaduras
e depois passar os dias seguintes a tentar escondê-las

amor
amor 
amor

e se não é assim que se faz o tempo parar...
havemos de descobrir como