domingo, 11 de janeiro de 2015

Okay baby, let's go dancing

Abrimos as portas à nossa frente e entrámos num mundo que não o nosso. Eu só me arrependo de não estar na melhor companhia para conhecer aquele lugar e não ter muito tempo para o conhecer. Está quente, a música está alta, ainda há espaço para nós. Vou ao bar e não peço álcool, porque o álcool é muito caro. Recosto-me no balcão enquanto aprecio as pessoas à minha volta. Homens e mulheres e mulheres que parecem homens, homens que parecem mulheres. Agarram-se uns aos outros e tentam acompanhar o ritmo do som. Uns, encostados como eu, olham apenas. Está cada vez mais quente, mas não que se veja os corpos suar. Vejo uma mulher encostada ao canto. Depois, já está agarrada a outra, que desliza a mão até à sua anca. Outra aparece e passa-lhe as unhas pela nunca, até atrair a sua atenção. É bonita. Tens os lábios naturalmente vermelhos e os olhos azuis. Passa ao meu lado para ir ao bar pedir algo. Até eu lhe quero tocar com as minhas mãos.


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