segunda-feira, 4 de maio de 2015

um senhor

Enquanto faz o trabalho dele, estica o corpo, e pela boca saem gemidos quase silenciosos, do esforço. E eu passo a ouvi-los como se estivessem no meu ouvido, como se eu estivesse a ser pressionada contra a parede. As mãos têm os dedos grossos, a barba grisalha, tal como o cabelo. Por mim fechava a porta e despia-me, tirava-lhe tudo das mãos e dizia: geme para mim.

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