Ainda sinto nos lábios a amarga queimadura que o teu beijo deixou ficar, e na ponta da língua consigo saborear a tua pele como se tivesse sido neste segundo que agora passou a última vez que percorri o teu peito com a minha boca.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
cum
percorre
sente a textura
passa a língua na pele
cerra os dentes
sente a agonia do prazer
a carne aperta
o suor desce
o teu pescoço para a minha boca
rasga
penetra
deixa escorrer
os teus dedos dentro da minha boca
a tua mão a arrancar-me o desejo
a carne que estica
os lençóis suaves
afasto as pernas
o peito na cama
as mãos na cabeceira
abafo os gritos na almofada
geme para mim
os abdominais a romper
as nádegas espancadas
os lábios rebentados
ritmo irregular
ódio crescente
desespero permanente
tudo arranha
o ar queima
levas a respiração
sufoquei
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
think I can fly when I'm with you
vivo nos picos do êxtase
entre te querer e não te querer
quando grito ao universo adeus
espero ouvir o eco da minha voz
contudo nessa espera eu escuto atenta
e na volta volta é a resposta
custa esperar e sinto-me em constante movimento
pergunto-te se me saberás encontrar no epicentro deste caos
pergunto-me se te saberás achar no meio do que sou
enquanto desejo imenso que me venhas procurar
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
satisfy this hungriness
as palavras começam a escassear
talvez seja culpa tua
que te vais desaparecendo de mim
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
sábado, 8 de agosto de 2015
have to touch myself to pretend you're there
your hands were on my hips
your name was on my lips
your name was on my lips
Na mesa ao lado alguém traz o teu cheiro e senta-se ao pé de mim. Não traz mais nada, só aquele perfume que se agarrou à minha roupa certa vez, que jurei não mais esquecer.
Recosto-me e inspiro-te, expiro-te ofegante por mais, deixo que me entres no corpo e me sufoques, desespero pelo teu toque demorado, pela tua pele atrasada, e entretanto o cheiro vai-se, mas tu não vais com ele.
Chego a casa, dispo-me, procuro a tua fragrância nas peças da minha roupa, espalho-as pelo chão, só sinto o cheiro dos cigarros que não fumei, e tu não estás em parte nenhuma, tu deixaste-te ir
e eu não implorei que ficasses.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
she was Lo, plain Lo, in the morning
há uma pressão na forma como olhas para mim
e eu quero
sentir
essa pressão
em todo o corpo
como se o meu corpo fosse cama
e vivesses todas as noites na insónia
de olhos semi-abertos e movimentos leves
de um sono desmedido e uma vontade de dormir tão necessária
quase sem forças para mexer os músculos pesados
mas numa ânsia pelo sonho tão invulnerável
que serias incapaz de ir
seria
a veemência e impetuosidade
de me pertenceres
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