sexta-feira, 21 de agosto de 2015

cum

percorre
sente a textura
passa a língua na pele
cerra os dentes
sente a agonia do prazer
a carne aperta
o suor desce
o teu pescoço para a minha boca
rasga
penetra
deixa escorrer
os teus dedos dentro da minha boca
a tua mão a arrancar-me o desejo
a carne que estica
os lençóis suaves
afasto as pernas
o peito na cama
as mãos na cabeceira
abafo os gritos na almofada
geme para mim
os abdominais a romper
as nádegas espancadas
os lábios rebentados
ritmo irregular
ódio crescente
desespero permanente
tudo arranha
o ar queima
levas a respiração

sufoquei




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