ali está ele. ainda esta semana pensei nele. aquele senhor. quase meu avô. costumava levar o neto no autocarro, pela mão. aqueles olhos dóceis e suaves, os cabelos cinzentos a tomar lugar dos loiros. se ele estivesse dentro do autocarro eu dizia alguma coisa. será que ele sabe que tem uma mulher com idade para ser sua neta completamente doida por ele? que se lhe corta a respiração sempre que o vê? o verdadeiro charme é ele quem o tem. hoje, meses depois... de cigarro na mão, na esquina. com mais três, provavelmente da idade dele, mas muito mais velhos. que terno.
eu podia ter um caso com ele. aposto que tem mulher, aposto que é casado. eu devo ser mais nova do que os filhos dele.
ainda esta semana me chamaram de catraia e eu a pensar neste senhor desta forma faz-me sentir uma Lolita, numa versão invertida, perversa até.
mas gostava de lhe tocar as rugas das mãos. gostava de lhe beijar o peito.
Nighthaws, de Edward Hopper. A preto e branco, porque sim. |
Hopper in black & white. Gosto!
ResponderEliminarTalvez tentar saber algo dele, percebê-lo melhor...
Identifico-me tanto com o que tu escreves, será porque ambas gostamos da paixão... :)
ResponderEliminarBeijo