domingo, 13 de dezembro de 2015

não consigo escrever e tudo o que sinto é um desejo desesperante

imagino-me com outra mulher
e depois imagino-te comigo e com outra mulher

enquanto a tua mão grossa me agarra na coxa
e me fodes lentamente
na madrugada

as minhas ancas moviam-se ao ritmo dos teus dedos
e eu
sempre insaciável
gemia com um sussurro contra a tua pele


sinto-me pegar fogo sempre que penso nas possibilidades que se desenrolam à nossa frente
sinto-me renascer, despertar de um sono



ninfa e sereia

com sede de sal
                e carne

já consigo respirar debaixo do mar
sinto as ondas com o corpo

os teus braços como algas a asfixiar-me
os teus dentes como rochas a cortar-me

as tuas mãos como conchas a dar-me de beber




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