quarta-feira, 20 de maio de 2015

sometimes...

Disse-te que ia esperar. Já lá vai tempo, e não esperei. Fiquei silenciosa a passar de um lado para o outro e fingir que não permaneceste no mesmo sítio desde sempre. Disse-te que ia esperar, mas não esperei, até perceber que a única coisa que quero fazer é esperar por ti.
Comecei a esperar. Ainda tenho toda a paciência do mundo, e quero aguentá-la dentro de mim até que apareças outra vez. Ando a pensar em ti e faço coisas por ti sem que me sintas ou vejas. Um dia verás e valerá a espera. Tu vales a espera. Vales tudo. Resolvo esperar e sou feliz contigo por antecipação. Ainda não te amo, estou apenas terrivelmente apaixonada. Provavelmente mais pela ideia de ti, do que por ti. Mas algo me diz: continua à espera, ele há de chegar, há de te dar o mundo.
E espero porque ainda nem eu estou pronta. Estou pronta a atirar-me de penhascos, pronta a correr sobre linhas de comboios e ficar acordada a noite toda a olhar a cidade. Estou pronta para tudo, menos para ti. E por isso é que espero. Quando apareceres serás um encontrão e eu vou cair.



1 comentário:

  1. O problema está na ideia que se forma antes de aparecer a matéria da mesma.
    Pode ser tão diferente do que se espera. E nem sempre isso é mau
    :)

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