só me amas quando me embriagas com sono e violência. a tua força diz-me sempre quando me queres. a noite ressoa os vidros da tua janela e o teu corpo aquece-me quando me encaixas em ti como se eu não me ajustasse em mais lado nenhum e me agarras por dentro da roupa. só quando me beijas é que sinto ter permissão para me entregar a ti como quero sempre. permites que te beije os ombros, te passe a mão pela nuca lentamente, posso deitar a cabeça no teu peito e sussurrar-te ao ouvido. apertas-me nos teus braços e eu deixo de me sentir vazia. quero ficar dentro do teu abraço e não deixar que amanheça dentro do teu quarto. adormeces-me enquanto me beijas a testa e eu encosto os lábios ao teu pescoço e penso na efemeridade daquele momento. quando me mexo sinto-te agarrar-me mais, dizes que não me deixas ir, mas eu acabo por sair de ti. e é quando te beijo a testa que sei que vou ter de viver novamente das memórias destes encontros fugazes na escuridão, com os meus dedos por entre os teus cabelos, quando te digo que descanses e que vou embora, começo a tentar encarar a realidade de não te ter por inteiro. fecho a porta atrás de mim e os olhos à frente, respiro o ar da manhã e conto os dias e dias que passam até que anoiteça outra vez.
"apertas-me nos teus braços e eu deixo de me sentir vazia" Há pessoas que nem embebedam nas suas palavras... Porra! É como se fosse os teus pensamentos ao ler isto. Fantástico...
ResponderEliminarQue anoiteça sempre... Para ti