em todo o asfalto por onde rastejámos
por todo o céu de trovoada lá fora
levei-te no álcool que me enchia o copo, na luz que me entorpecia a visão
guardei a lingerie branca durante meses na gaveta e só agora me sinto impura o suficiente para a utilizar
ele quase me parte os ossos de cada vez que me toca
com a mesma força que eu continha quando te tocava a ti
e descarrega em mim a mesma energia incontrolada que eu reprimia antes
já beijou mais do meu corpo
já me teve da forma que eu nunca te consegui dar
mas só as tuas mãos sabem o caminho
só a tua pele queima na minha
e ainda és o único capaz de me fazer sufocar sem medo
contudo
(porque há sempre um "no entanto")
a forma como eu desaparecia à tua volta
como me sentia anulada pela tua presença
como deixava de me ver num espelho onde duas pessoas posavam
onde respirar já implicava premeditação
esperar destruiu-me
- destruiu-nos -
tudo porque nunca chegaste como te esperei
e eu cada vez menos chego onde tu me esperas
e nenhum de nós entende
-
não esperamos nada
Sendo assim...
ResponderEliminarGostei de te ler, da forma que usaste para contar uma história.
Que seja uma boa noite, AM!
O melhor é nao esperar nada....
ResponderEliminarKiss
Waiting...
ResponderEliminar... You
o.santo.diabinho@gmail.com