terça-feira, 7 de julho de 2015

Este amor é de guerra. (De arma branca).

Amas como arma branca
ilegal
abismal
fatal.
Cortas como navalha
a pele como dentes
Rasgas como pistola
o corpo como pólvora
Espancas como soqueira
os músculos como pressão

Vens de faca na mão
Exiges o tecido despido
Provas o sabor esquecido
E nas gotas de suor que escorrem
Vês vermelho e desordem.
E as sinapses dão-se
quando sentem o estímulo
de me destruíres no massacre
(tão necessário
tão exigente
tão egoísta)
de existires.

2 comentários:

  1. Por vezes, pareces a projecção feminina daquilo que grafo... Ou não fossem as minhas iniciais: FM, curiosamente compatíveis com AM... Sob o prisma de ondas radiofónicas :)
    Esta é uma dessas vezes. Essas palavras inebriam-me com tamanha familiaridade.

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