sexta-feira, 18 de setembro de 2015

e, como um adolescente, tropeço de ternura por ti

começo a reparar na forma despenteada do teu cabelo mal sais do banho; as tuas costas curvadas sob um comando de consola; a tua nuca onde desejo sempre passear os meus dedos; decorei a tua maneira de pegar no telemóvel, numa caneta, num garfo; começas a rir genuinamente ao pé de mim; partilhamos horas na mesma cama, mas não nos tocamos (será medo? será receio?). continuo a querer o teu corpo dentro do meu como tenho querido desde há meses. ainda escrevo as mesmas palavras nas mesmas páginas brancas. nunca pensei que fosse possível voltar a apaixonar-me desta forma. tão platónica, inconsciente e desesperadamente.

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